Nivel 250 hPA
Na análise da carta sinótica de 250 hPa da 00 UTC do dia 07/10, observa-se um cavado sobre parte do Peru, Bolívia, MT, TO, sul da BA e Atlântico adjacente. Observa-se o Jato Subtropical (JST) desde o Pacífico, passando pelo sul do continente em torno de 30°S aproximadamente, se estendendo até o Atlântico um pouco mais ao sul, onde se acopla ao ramo norte do Jato Polar. O ramo norte do Jato Polar (JPN) contorna um cavado frontal entre o leste da Argentina, do Uruguai e Atlântico. A atuação do JST sobre parte do centro-sul do país, assim como o escoamento difluente neste nível, favorece as áreas de instabilidade observadas na imagem de satélite. Observam-se circulações anticiclônicas entre áreas das Regiões Norte e Nordeste, que de certa forma contribuem para a divergência de massa neste nível e consequentemente para formar as áreas de convecção. O ramo sul do Jato Polar (JPS) atua ao sul de 50°S.
»
Visualizar imagem de 250 hPA
Nível 500 hPA
Na análise da carta sinótica de 500 hPa da 00 UTC do dia 07/10, observa-se uma circulação anticiclônica sobre o Oceano Pacífico em torno do paralelo de 19°S, estendendo uma crista em direção a Bolívia. Observa-se outra circulação anticiclónica entre o AC, RO, MT até o sul de MG. Esta circulação anticiclônica encontra-se perturbada e para este período, que a termodinâmica começa a se intensificar, a ?barreira? promovida por este sistema começa a ser rompida em alguns setores. No setor mais para leste do anticiclone o tempo ainda fica mais estável e seco. No norte do continente o escoamento é zonal e de leste, o que de certa forma contribui para o alinhamento da umidade neste setor. Observam-se perturbações de onda curta em parte do centro-sul do país, o que junto ao escoamento difluente em altitude, colabora dinamicamente para formar as áreas de instabilidade vistas na imagem de satélite. Observa-se o reflexo do cavado frontal entre o leste da Argentina, do Uruguai, sudeste do RS e Atlântico adjacente. Este cavado tem baroclinia associada, vista através de ventos e gradiente de geopotencial, o que dá suporte ao sistema frontal visto em superfície. No Pacífico também nota-se um cavado, porém com menor baroclinia.
»
Visualizar imagem de 500 hPA
Superfície
Na análise da carta sinótica de superfície da 00Z do dia 07/10, observa-se uma frente fria entre o norte da Argentina e o oeste e leste do RS, seguindo pelo Atlântico adjacente até um centro de baixa pressão relativa de 1004 hPa, que está localizada em 52°S/28°W. Outra frente fria atua mais ao sul no Atlântico em torno de 45°W, aproximadamente. A Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) está com núcleo de 1036 hPa à leste de 30°W (fora do domínio da figura). A Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) apresenta valor de 1024 hPa, à oeste de 90°W. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) atua em torno de 09°N/10°N no Oceano Pacífico e em torno de 07°N/09°N no Oceano Atlântico.
»
Visualizar imagem de Superfície
Previsão
No sábado (07/10), cavados em níveis médios combinado com alinhamento de umidade provocada pelo sistema frontal sobre o Atlântico e ainda a atuação do JBN, além do padrão divergente em altitude, deverão manter as condições de instabilidade em parte do centro-sul do Brasil, inclusive com possibilidade de pancadas localmente fortes entre o norte do RS, SC, PR, sul de MS e sudoeste de SP. Já no leste de SC, do PR e de SP, mesmo com o sistema frontal no oceano, haverá uma influência deste, que promoverá uma mudança na direção dos ventos, que estarão de leste/sudeste, o que deixará condição de aumento de nuvens e chuva, inclusive na capital de SP e Vale do Paraíba. Por isso, as temperaturas nestes setores não deverão subir muito. Pelo menos até a segunda-feira (09/10), haverá o deslocamento de um novo cavado na troposfera média, sobre a Argentina, que combinado com a intensificação do JBN, mantém as condições de instabilidade sobre parte do centro-sul do Brasil. Esta instabilidade deverá se alinhar por parte do interior do continente, onde a termodinâmica começou a se reforçar, e pela Região Norte do Brasil, principalmente pela atuação do JBN. Na segunda-feira (09/10) um cavado se deslocará de oeste e favorecerá a formação de uma onda frontal. Esta onda frontal atuará em parte do Sul do Brasil, com avanço até parte de SC na quarta-feira. Entre quarta e quinta-feira este sistema ficará estacionário e manterá a instabilidade em parte da Região Sul.
Não há grandes diferenças entre os modelos de previsão numérica de tempo para os próximos dias.